O fato que vai seguir, é uma crônica/poesia/seiláoque de Aylta Benadeti. Esse, no entanto, não é uma crônica/poesia/seiláoque qualquer, pois é mais do que como se fosse alguém que vigia os meu passos e me descreve, é como se quem a escreveu vivesse dentro de mim.
Fatos
Tem fatos que acontecem em certos dias que não
dá para fugir
Um fato é algo concretizado, comprovado e
evidente
E por mais que você passe o dia fugindo dele
Parece que ele insiste em te perseguir.
E você lá tentando a se esconder, por trás de
uma risada com os amigos
De uma música, fazendo dívidas, bebendo um vinho
barato,
Mas não
adianta, o fato está lá, no sub ou na emergente
consciência
Ele parece gritar dentro de você, o torturando,
o deixando sem saída, trêmulo e com o coração em estado de choque, mesmo assim
a saída sem saída é aceitar momentaneamente o inaceitável, e o fato inaceitável
torna-se com o tempo suportável, porque aceitável mesmo acho que nunca
será. E torna-se suportável através do
choro que tem a magia de amenizar qualquer dor.
E é nesses versos sem o compromisso estreito de
falar perfeito, coerente ou não, sem o verso estilizado, o verso emocionado que
falo dos fatos que atormentam a minha razão.
Aylta Bernadeti
E é bem assim que me sinto nos últimos dias: torturada por fatos, imagens, falas e até mesmo postagens no facebook. E o pior de tudo é que você não consegui fugir dele(s), aqui ou no Alasca o fato vai te acompanhar, porque assim como a Aylta o fato também parece estar dentro de Mim(s).