Tenho alma de poeta, pertubada, pagã, melancólica; na tristeza vejo beleza, uma beleza que não é bonita, mas é atraente e viciante, outro poeta já dizia "tenha cuidado com a tristeza, é um vício"¹.
Também sou inconstante, inquieta e sossegada, silêncio e multidão. Nada me alegra, tenho tudo e tudo me falta. Vivo com medo de ser o vazio de um grande nada.
O poema que vem a seguir vai dizer quase a mesma coisa ao que você acabou de ler (leia-se eu e mais três amigas), ou talvez diga tudo ao contrário, e mesmo assim complementa com vivacidade minhas palavras, porque sou eu transbordada em palavras , dessa vez em versos, e qualquer coisa que me descreva, sendo contraditórias ou não, são indissociáveis porque também são Eu(s).
TraquininhaO queres tú menina!?
Porque não te decides!?
Porque és tão insolente!?
...
Tú não te contentas com nada!
Pedes alegrias;
Depois não a queres.
O que queres menina?
Te dei amor,
Tu não quizeste.
Decides então!
Diga-me o que queres, agora!
Tu que já provastes de todas as sensações.
Amor;
Dor;
Solidão.
Viva! Deixe-me viver menina!
Cresca,
Deixe-me ser feliz.
Tanto já me fizestes sofrer,
Pare um pouco,
Reflita!
Um instante só!
Amadureça comigo,
Eu quero ser feliz.
Eu quero amar!
Eu quero ser amada!
Eu quero ser amor.
Não brinque com o amor
Ele tem mágoas de você
Ele se fortaleceu, e vai te machucar menina!
Ame!
Eu te dei tudo o que pediste,
Tu não me deste escolha.
Continue!
Porque paraste?
Sai dai!
Venha cá!
Agora!
O hoje não pode mais esperar.
Nati Ramalho²
1 Poe
2 Nega
3 E a imagem o que é que tem a ver? Eu não sei, mas gostei e postei!
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