sábado, 20 de julho de 2013

O que não está acontecendo?

Embriaguez, paixão, sexo, drorgas e rock in'roll. Filosofia, teoria da relatividade, Club da luta e frases que não me lembro, agora misture tudo isso em um único dia e junte com uma semana não menos estranha. O resultado é que não há resultados, só um amontoado de palavras sem nexo reflexo de um (in) consciente pertubado. 
Não consigo escrever, estou nervosa,  vejo uma mulher que chora e fico me perguntando: por que chora aquela mulher? Por quem chora aquela mulher?  É a pergunta latejante que fica na cabeça durante todo o tempo que a tenho aos meus olhos. Durante todo dia em que já não mais a avisto. 
Como posso chamar esses dias? Dadaísmo? Por seu próprio nome não dar sentido ao seu significado?! Aleatório. O que foram essas últimas semanas? O que não está acontecendo? Por que chora aquela mulher? To pirando.
O domingo, como pode o domingo não ser em cima do muro? De repente tomou ares de sábado. Quarta, quinta, sexta, sábado, apesar de está tudo diferentemente igual ia tudo bem, mas o domingo, o domingo foi que me pegou. Foi o domingo que me pirou, logo domingo o dia em que eu acordo fazendo reza para acabar, hoje rezo para voltar. 
Sobre o amor já dizia o coleguinha Xico Sá "O amor é ácido", eu digo|penso "queria te enrolar nos meus cabelo", desgraçado. Para tu,  Deus mandou-me como mensageira para repetir suas palavras:


Que o mel é doce
É coisa que eu
Me nego afirmar
Mas que parece doce
Isso eu afirmo plenamente"


Segunda-feira da ressaca amorosa, ressaca de todos os amores sobre mim, o amor alheio me parece mais uma cruz que tenho que carregar. Por que me amam? Por que sou obrigada a amar de volta? Não sinto vontade. Não sinto o sentir, mas queria te enrolar nos meus cabelos. Agora eu quero. Por quem aquela mulher chora? E então eu me pergunto: foi só isso? Me lembro de um filme com Sandra Bulock, filme idiota mas nem tanto, nesse filme ela conhece  Ben aflek que está a beira do altar, o encontra em um trêm que o levava até o local onde seria a cerimonia do seu casamento, por Forças do Destino os dois se envolvem, ele se apaixona por ela e ela por ele, então ele decide ir até onde seria o seu casório e acabar com tudo, no entanto, quando  vê a sua noiva na sacada, enquanto Sandra Bulock o espera sentada em um balanço, as palavras dele para sua noiva são essas: "eu me apaixonei por você a primeira vez que ti vi, e me apaixonei de novo quando te vi na sacada". Incrível como nunca esqueci essa fala. Então Sandra Bulock, no balanço, do lado de fora sem ver ou ouvir nada do que se passava lá dentro, diz para si mesma: "você não vai voltar". Você não vai voltar, ambas sabíamos disso, a Sandra e eu. Mas se amaram por um dia? Sim, isso é totalmente possível. O amor de uma noite feito café bom, forte e quente, talvez seja mais inesquecível do que anos de pão com manteiga. 

Lembrei da frase: "O futuro não interessa a ninguém, mas o passado sim, esse ta cheio de vida". Millan Kundera, o livro do riso e do esquecimento. 
Sigamos, rindo e esquecendo!


sexta-feira, 5 de julho de 2013

MISANTROPIA ou o Diálogo do Nada

Misantropia, do Aurélio: antipatia ou aversão às pessoas em geral, [antôn. de filantropia]; evitação do convívio com elas 2. tristeza profunda, melancolia.
Misantropia, do Wikipédia: é a aversão ao ser humano e à natureza humana no geral. Também engloba uma posição de desconfiança e tendência para antipatizar com outras pessoas. Um misantropo é alguém que desconfia da humanidade de uma forma generalizada.
Misantropia em Bukowski: Não sou boa companhia, não gosto de conversar. Não quero trocar idéias - ou almas. Sou apenas um bloco de pedras para mim mesmo. 

Misantropia em Wanubya: 

Misantropia é sentar no final da tarde no quintal de  casa e ficar observando sua gata correr de um lado para o outro sem nenhum motivo aparente, e fazer disso a coisa mais interessante do dia;  (nesse momento eu pensava: "essa gata é doida", deve ter puxado a dona)
Misantropia é pensar em um "bocado" de aforismo, escrever um monólogo mentalmente, não passar nada para o papel e esquecer de tudo; (porque eu sou um genia)
Misantropia é quando borbulham frases soltas, sem sentido nem lugar no mundo das ideias (minhas), do tipo: Punck é foda, mas lirismo é 69, Oh! Aventureiros dos amores impossíveis. 
Misantropia é quando começamos a  declarar amor ao Nada; 
Misantropia é quando culpamos todos por não terem culpa de nada; 
Misantropia é quando não nos encaixamos em nada, não nos sentimos pertencentes a nada e assim culpamos os outros por não serem iguais a nós; 
Misantropia é está envolta a uma multidão de velhos (des)conhecidos e ainda assim se sentir vazio; (nesse momento eu pensava: se eu estivesse no meu quarto estaria mais plena de mim)
Misantropia é quando me vem aquele pensamento: "estranhamente me sinto mais feliz quando eu sou minha única companhia; 

Misantropia é perceber que essa obrigação de estar onde todo mundo está só porque todos estão é a coisa mais idiota do mundo. Por que sou obrigada a participar desse circo? Já levanto cedo, trabalho, estudo, janto e repito tudo no dia seguinte, mesmo sem vontade de fazer boa parte disso. Também sou obrigada a frequentar ambientes comuns aos meus olhos, transformado pela estranheza da multidão e que se tornam para mim terrenos movediços e fronteira desconhecida? Deve ir, porque todos vão, mesmo que você não goste da música, nem das pessoas, nem de nada, vá e faça seu papel social, seja feliz! 

Quanto NADA em um só amontoado de palavras.