Nunca matei ninguém, é verdade, mas por falta de coragem ou de tempo, e não por falta de querer. (Galeano - O livro dos Abraços)
Ódio, amargo fel que se engole por vontade alheia.
Nós/Eu tão convicta de teorias
Invadida pelo cotidiano da Dança da Vida
Em que melindrosas desnecessidades me invadem por dentro do osso
Me toma como a força do seu contrário
Talvez, pelo contrário?
Escrevo para ver se me livro da vontade do suicídio do outro
Porque, agora imagino que sou mais má que boa
Reconheço isso: sofro, angustio-me, e satisfaço-me
A Dança Cotidiana que é mais forte que a filosofia de Nietzsche, e as teorias de Marx
O cotidiano dos sentimentos é que te pega
Eles dançam, flutuam no espaço, deitam em cima de mim
Estão nos meus ombros e em cima da minha cabeça
Quero matar o alheio, como se assim matasse um a um deles
Quem ama mata
E a quem se odeia se mata com mais convicção
Sem a miséria do discurso sentimental pelo lixo do primeiro
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