segunda-feira, 26 de março de 2012

Quero ser Pagú

O movimento feminista é  ainda algo muito distante do conhecimento da sociedade.  Talvez por isso mesmo  gere tantos pré-conceitos, e até mesmo confusões em seu nome. Entre as mulheres  há ainda aquelas que acreditam que ser feminista é dividir a conta da pizzaria com o namorado, ledo engano.


O feminismo, é mais que um movimento por direitos civis iguais, é uma ideologia, algo a ser conquistado através de muito esforço intelectual, é uma verdadeira mudança no pensamento patriarcal de um país. E não é dividindo a conta da pizzaria com o namorado que os seus problemas acabaram, não haverá mais crianças passando fome na África e a Utopia foi alcança .


Ultimamente, o feminismo tem sido um tema que muito tem me atraído e encantado, por isso ando pesquisando sobre ele. Confesso que ainda estou engatinhando no assunto, mas mesmo eu,  no auge da minha ignorância já percebi que feminismo é coisa séria, e se deve ser tratada como tal.


Bom, em meio a essas pesquisas me deparei com a figura de uma mulher: brasileira, militante, escritora e acima de tudo libertária. Pagú, o verdadeiro exemplo da mulher feminista, não seguia  os paradigmas sociais em que se determina o que é "pro homem" e o que é "pra mulher", praticava a liberdade absoluta não se importando com os conceitos morais da sociedade (que nesse caso só servia para a mulher), e por isso mesmo tida por muitos como uma doidivana, mas não, eu acredito mesmo é que Pagú sabia bem o que estava fazendo, e por isso mesmo fazia-o, pois tinha a plena consciência de que "não se nasce mulher, torna-se¹".


"A liberdade e a prisão
Ter um barco que percorra distâncias incríveis

Saber remendar um sapato

Encontrar um amor
Amor de verdade
Ser vento, ser luz, fogo ou carvão

Tudo, tudo, tudo
Menos esta ratoeira” 

(Poesia de Pagú não publicada e sem título)


1 frase de Simone de Beauvoir


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